quinta-feira, 21 de maio de 2009

Política - Quinta-feira quente em Brasília

Quinta feira movimentadíssima no campo político de Brasília. Vamos aos fatos:

Da Folha: "Líderes partidários rejeitam votar proposta que prorroga mandato de Lula até 2012"

"Líderes partidários do governo e da oposição descartaram hoje colocar em votação proposta do deputado Sandro Mabel (PR-GO) que permite ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficar no cargo até 2012. O líder do PT na Câmara, deputado Candido Vaccarezza (SP), disse que o partido do presidente é contra qualquer prorrogação de mandato que permita a Lula ficar mais tempo no poder. "O PT é radicalmente contra, isso não é constitucional', afirmou."

Óbvio. Ridiculamente óbvio. Parece que a onde autoritária que passa pela América Latina bate seus ventos pelas bandas de Brasília. O que eu me pergunto é o que o deputado Sandro Mabel, do Partido Republicano de Goiás vai ganhar com isso. Porque ninguém, em plena atividade democrática, como parlamentar, faz uma coisa dessas sem ganhar algo. Pena.

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Da Folha: "Base aliada desiste de projeto que previa lista fechada e financiamento público."

"O projeto de reforma política que previa instituir o voto em lista fechada e o financiamento público de campanha, de autoria do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e que tinha como supostos signatários o PT, o PMDB, o DEM, o PPS, o PC do B, além do apoio integral do PDT e de parte do PSB e do PSDB, deve ser abortado sem nem mesmo ir a votação no plenário da Câmara, informa o blog do Josias."

Mais uma tirada óbvia, ridiculamente óbvia. Essa reforma política era uma palhaçada sem tamanho, com medidas claramente com fins de esconder, ou ainda abafar, os escândalos que assustaram nossos queridos parlamentares. Sim, assustaram, porque eles nunca tinham visto tanta sujeira, que antes permanecia na surdina, nos principais noticiários do país. Ao menos, uma réstia de lucidez.

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Do Estadão: "Analistas: Colar no Bolsa-Família terá efeito 'zero' para PSDB"

"SÃO PAULO - O presidente Lula é o principal obstáculo do PSDB na estratégia de defender o Bolsa-Família como bandeira eleitoral em 2010. O partido quer reivindicar a criação do programa, mas a ideia tem efeito "zero" em termos de voto já que, para a população, o único pai do programa é o presidente petista. " Não adianta vir com essa história de que verdadeiro pai do Bolsa-Família são eles (PSDB), isso não tem efeito nenhum para a população, é zero. Elas atribuem credito ao Lula, ao governo que estava ali no momento em que a vida delas melhoraram. Pegar bandeira emprestada não funciona", analisa o cientista político da UnB Leonardo Barreto."

Essa notícia me refresca os olhos em alguns aspectos. O senso-comum de atacar Lula pelo seu programa de política afirmativa é quebrado, na medida que o PSDB (o partido todo bonzinho da direita conservadora e correta da classe média brasileira) o defende [o programa]. Não só defende, como jura de pés juntos que ele foi criado no governo FHC, o que é mentira, ou no mínimo, maquiagem da verdade. Claro que o Bolsa Família possui seus aspectos (significativos, sim) eleitoreiros, mas afirmá-lo como um programa essencialmente de compra de votos é, no mínimo, ingenuidade. Ou falta de pesquisa. Ou preguiça, comodismo, senso-comum.com, jeitinho de criticar cegamente, coisa que os brasileiros adoramos.



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Charge daqui.

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