sábado, 28 de fevereiro de 2009

O Mundo: Política - Notícias

Passada a agitação e distração causada pelo carnaval e pelo seu feriado prolongado, a política e a economia do país voltam a entrar no eixos (?) e a se preocupar com os seus devidos problemas. Lula enfrenta uma casca grossa com a relação com a Embraer e a farra da campanha totalmente fora de época parece ter amenizado.

Charge do Aroeira, feita para o Jornal do Sul.

Segundo reportagem da Folha Online, Dilma vai se reunir com alguns governadores, como José Serra e Aécio Neves, para organizar uma ação conjunta da União com os estados (afinal, ela é Ministra da Casa Civil, lembra?). A proposta da ministra se concentraria em medidas para que os governos busquem incentivo e intensifiquem o ramo de construção civil, que segundo o presidente Lula, seria uma maneira de combater a crise, suportando o crescimento econômico e ainda impedir o aumento do desemprego no país. As obras do PAC, que atuam na mesma direção, não foram inclusas no corte do Orçamento Geral da União, pelos mesmos motivos.

Mudando de panorama, vamos aos Estados Unidos.



Passada a badalação da posse e do plano econômico, Obama mostrou suas cartas no que diz respeito às relações internacionais com o Oriente Médio. Neste dia 27, ele anunciou um cronograma para a retirada de tropas do Iraque até 2010, e afirmou que o futuro dos EUA é intrinsecamente ligado ao do Oriente Médio. Ainda, prometeu trabalhar junto ao Irã e à Síria para atingir o equílibrio tão necessário na região. Defendendo uma abordagem mais racional do que militar, Obama afirmou que busca metódos para evitar que o Irã adquira armas nucleares e para que a paz entre árabes e israelenses seja atingida. Segundo o próprio presidente , uma nova era entre as relações EUA-Oriente Médio está começando. Por ora, Obama demonstra serenidade e inteligência para abordar os principais problemas do legado que George W. Bush deixou.

Hoje, post curto devido à falta de movimentação política e ao marasmo que tomou conta de todos nessa semana de feriado prolongado. Não esqueça de deixar seu comentário.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

O Mundo: Política - Sucessão Presidencial

Lula e Dilma: são muitos os motivos para rir?

Nas últimas semanas, um assunto bateu na porta da política brasileira: a sucessão presidencial, em 2010. Em duas frentes: uma, da situação, em que Lula e Dilma "Meu-Botox-Fez-Sucesso" Roussef saíram em alguns eventos promovendo a pré-candidatura da ministra e outra, em o que o PSDB concordou em realizar prévias, dentro do partido, para decidir seu candidato definitivo, a exemplo dos norte americanos.

Primeiro, em relação ao PT. Claro que todos os dinossauros do partido (sendo o maior deles o caçado e mensaleiro José Dirceu) afirmam que o encontro de prefeitos, realizado em Brasília no último dia 11, foi apenas um ato governamental, necessário para a articulação política. Afirmação, aliás, corroborada pela CGU (Controladoria Geral da União). Mas obviamente, nenhum deles, muito menos os envolvidos, afirmariam algo diferente disso. Afinal, estamos a um ano e oito meses da eleição, e uma campanha nessa altura é algo simplesmente ilegal. Tanto, que a oposição entrou com uma ação no TSE, para verificar os gastos e ações, um pouco confusas, do Governo naquela situação.

Mas veja bem, meu caro leitor: desde a cirurgia plástica até as andanças no meio do "povo" no carnaval de Recife, tudo isso não reflete uma mudança de perfil de uma ministra com cara e atitude de buldogue, que até alguns meses atrás, sem o tal PAC (conjunto de obras já existentes anteriormente, reunidos em pacote eleitoreiro
), não era reconhecida como força política no país? Incrível. Aliás, não sei se o mais incrível disso é José Dirceu (que se não tivesse sido cassado, perdido seus direitos políticos por ser ladrão (perdoem-me o estereótipo), seria o pré-candidato do PT) meter o bedelho nessa história. Deixo aqui um recado para ele: SUMA DESSE PAÍS, SUA PRAGA!

Beto Richa, Aécio Neves e José Serra, em Curitiba, na campanha à prefeitura da cidade, em 2008.

Por outro lado, o PSDB organiza suas prévias. José Serra, governador do estado de São Paulo, demonstrou também, nos últimos anos, uma mudança profunda da sua personalidade política, e se fortaleceu muito desde aquelas eleições de 2002. Aécio Neves, político mais novo no país, conta com imensa popularidade em Minas Gerais, estado cuja região norte é das mais pobres do país. O embate político entre os dois, dentro do partido, tem tudo para fortalecê-los. A lógica indica José Serra como claro candidato, e creio que sua força política, que ele reúne desde quando foi ministro da Saúde de FHC, é suficiente para encarar o PT, que não é metade do que é sem Lula como principal frente política. Em contrapartida, Aécio representaria uma "renovação", algo diferente do que acompanhamos na política nacional nas últimas eleições. Uma candidatura inédita dos tucanos poderia também crescer em detrimento do PT.

Penso que ainda, devemos aguardar a realização das prévias para tirar conclusões mais acertadas sobre o assunto. Mas espero, com esperança, que o próximo presidente assuma um compromisso com a política do país, deixando de
lado o clientelismo e a corja de corruptos que inunda o Governo Lula.


Falando em corja de corruptos, segundo a Folha Online, a Câmara absolveu 12 dos "mensaleiros". O último, inclusive, foi José Janene (PP-PR), famoso por essas bandas por seus vários esquemas de corrupção e obtenção de dinheiro ilícito. Acesse o link e veja o que aconteceu com os ladrões.

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Vou-me embora pra Pasárgada, de Manuel Bandeira.

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

O Mundo: Política - Apanhado Geral

Após uma semana com o blog parado, volto para realizar um apanhado geral sobre as “novidades” excitantes (?) que movimentaram a política do Brasil nos últimos tempos. Pois bem, a começar com a eleição, segundo “The Economist”, semifeudal de José Sarney para a Presidência do Senado. Decida você leitor, o que é mais bizarro nessa história:

a) Lula da Silva apoiar o candidato do PMDB (sigla que na sequência terá um parágrafo especial), outrora partidário da Ditadura e rival político do presidente e seu partido, ou;
b) Os senadores, cientes de si, votarem num candidato que representa o retrocesso do país, especialmente do Nordeste, e que passa do tempo de se aposentar e livrar o país das suas infâmias, ou;
c) O próprio Sarney classificar a reportagem da revista “The Economist” como “leviana e imprecisa”, e que ainda movimenta seus advogados para decidir se tomará ações contra a revista.


Incrível a facilidade de dissimulação dos dinossauros representantes da âncora política e social do país. José Sarney, desde os tempos de Ditadura, bajula os altos cargos políticos do país, independente de ideologia e partidarismos, a fim de se manter entre os jurássicos. Hoje, com sua eleição para a presidência do Senado, é percebível o inacreditável atraso da política brasileira. O semifeudalismo da “The Economist” existe, e estão aí Sarney e a família ACM que não me deixam mentir.

Dando continuidade ao meu “apanhado”, quero registrar aqui a entrevista reveladora e positiva do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) a Otávio Cabral, segundo o blog do Josias. Ela fala por si mesma, a seguir seguem alguns trechos:

- Sarney e a presidência do Senado: É um completo retrocesso. A eleição de Sarney foi um processo tortuoso e constrangedor. [...] Sarney vai transformar o Senado em um grande Maranhão.
- A situação do PMDB: O PMDB é um partido sem bandeiras, sem propostas, sem um norte. É uma confederação de líderes regionais, cada um com seu interesse, sendo que mais de 90% deles praticam o clientelismo, de olho principalmente nos cargos. [...] A corrupção está impregnada em todos os partidos. Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção.
- A popularidade do presidente: O marketing e o assistencialismo de Lula conseguem mexer com o país inteiro.
- O Bolsa Família: É o maior programa oficial de compra de votos do mundo. Há um benefício imediato e uma consequência futura nefasta, pois o programa não tem compromisso com a educação, com a qualificação, com a formação de quadros para o trabalho. [...]
- Os políticos: A classe política hoje é totalmente medíocre. E não é só em Brasília.

[...]

A entrevista é potencialmente o pensamento de muitos cidadãos que vivem por aqui, e então, deixo uma pergunta pra você me responder: Por que ela não foi divulgada de maneira satisfatória pelos meios de comunicação, especialmente a televisão?
Para Daniel Piza, o Partido Moderador Do Brasil é um retrato do país.

Por fim, quero comentar a situação da jovem brasileira Paula Oliveira na Suíça. A Folha oferece uma cobertura ampla sobre o caso, portanto, vou apenas comentá-lo. Independente das acusações de perturbação psicológica da brasileira, um erro grave foi cometido por governo e pela imprensa brasileira. O que faltou: empatia. Empatia para se colocar no lugar dos suíços, ou europeus no geral, que tanto sofreram/sofrem com a xenofobia. Sem levar em conta os aspectos históricos e sociológicos que esse item possui por lá, até mesmo nosso amado presidente Lula da Silva e seu ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) dispararam acusações contra a nação suíça de um modo geral. Resultado das ações inconsequentes do presidente: mais uma nação européia reúne um certo rancor ao Brasil (vide caso Cesare Battisti). O contra-ataque do governo e da imprensa suíça foi aterrador, até. E é evidente que as investigações devem ser concluídas para se tirar qualquer conclusão.

Ainda, quero agradecer a todos o apoio dado ao blog, em breve prometo me utilizar de alguns artifícios para aprimorá-lo e atrair mais visitantes. Ah, não se esqueça de deixar seu comentário: promova a discussão, o debate. Com toda certeza isso contribuirá muito para o blog e para o nosso conhecimento.

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Canção do Exílio, de Murilo Mendes

Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.

Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Férias!


Este blogueiro tira férias, e fica uma semana de folga, portanto, até domingo, dia 15/02 o blog ficará inativo. Ótima oportunidade para ler os posts passados e não-lidos hehehe.



Voltarei!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O Mundo: Esporte - NFL



No dia 1º de fevereiro de 2009, milhões de pessoas nos EUA e no mundo todo pararam por algumas horas para acompanhar o Super Bowl XLIII. O Super Bowl, final da NFL (National Football League), detém todos os recordes de transmissão da TV americana. Possui em sua galeria as propagandas mais geniais das grandes marcas mundiais. E claro, também, as mais caras. Bem por isso, os “pequenos filmes” exibidos nos intervalos do SB são, como falei, geniais. O seguinte passou no intervalo do último, e foi eleito pelo USA Today como o melhor desse ano:




Além da publicidade da partida, o evento ainda conta com um show no intervalo. Um show de doze minutos, com uma banda ou cantor famoso, no mesmo gramado do jogo, realizado no intervalo do jogo. O desse ano ficou por conta de Bruce Springsteen.


Performance de Bruce Springsteen, no Super Bowl XLIII.

Mas tudo isso requer um motivo, uma força motriz, uma “carta na manga”. E essa carta, é claro, o próprio esporte.
O futebol americano, praticado há mais de um século pelos americanos, é uma indústria poderosíssima. Várias das franquias (ou clubes) da NFL são avaliadas em mais de um bilhão de dólares. Os salários dos melhores jogadores são astronômicos. Tudo envolve muito dinheiro, muito poder, e claro, muita diversão.

Texas Stadium, em Dallas.

O esporte envolve, ironicamente, a conquista de território. Não por acaso ele se desenvolve tão bem nos EUA.
São várias possibilidades de pontuação e cada time possui em média 45 jogadores. O contato físico é amplamente permitido, claro, mas todo e qualquer tipo de violência é punido com penalidades (é extremamente preconceituoso pensar que o jogo é só pancadaria ou que é baseado na violência). Todos os jogos contam com sete árbitros, que ainda revêem as jogadas que considerarem duvidosas (por meio de repetições pela TV), ou aquelas que os técnicos dos times não concordarem com a marcação de campo. Esse fato reduz os erros de arbitragem a um nível baixíssimo. Existem vários técnicos em cada time, basicamente, um por setor. As franquias são verdadeiras marcas, e o investimento em marketing é pesado.
Tudo isso, e muitos outros fatores que envolvem o esporte, contribuem para engrandecê-lo, tornando-o dinâmico e extremamente organizado.

Raymond James Stadium, Tampa, Florida.

Voltando a comentar o Super Bowl XLIII, realizado esse ano no estádio Raymond James em Tampa, na Flórida, deixo aqui um link para o site do programa CBN Esporte Clube, do Juca Kfouri, em que ele comenta o Super Bowl XLIII e conversa com Danilo Müller, do Diário NFL:
Comentário de Juca Kfouri sobre o Super Bowl XLIII, com participação de Danilo Müller
Ouça até os 11 minutos, depois ele comenta outros assuntos.

Esse jogo foi simplesmente sensacional, com certeza um dos melhores que eu já vi. O Pittsburgh Steelers venceu o Arizona Cardinals por 27 a 23 e consagrou-se como maior campeão da NFL de todos os tempos, com 6 títulos. No jogo, ocorreram vários recordes de Super Bowl’s, inclusive a maior jogada já registrada em uma final: um retorno de interceptação de 100 jardas (o comprimento do campo todo) de James Harrison, do Steelers. Mas a principal sensação do jogo, que ficará pra sempre registrada na história do esporte, foi com certeza o conjunto de reviravoltas nos 3 minutos finais. Primeiro a favor do Cardinals, e faltando 35 segundos para o jogo acabar, Ben Roethlisberger (Quarterback do Steelers) lança a bola para Santonio Holmes (Recebedor do time) marcar um touchdown e selar a vitória. Segue abaixo link para o vídeo oficial da NFL com os melhores momentos da partida.

Recomendo:
NFL.com - Official Site of the National Football League
Diário NFL
ESPN.com.br / NFL
NFL Brasil
O Quarterback: o seu site sobre NFL

Minha dica: se interesse, pesquise, e comece a acompanhar as transmissões dos canais brasileiros sobre a NFL. Se você gosta de esportes, de competições, tenho certeza que irá se envolver e acompanhar os jogos desse esporte maravilhoso com afinco. Me coloco à disposição também, se alguém se interessar e tiver dúvidas, quiser comentar, debater, estou aqui.

Santonio Homes, WR do Pittsburgh Steelers, com o troféu Vince Lombardi.

Para terminar, citações, desta feita não-poéticas, mas interessantes da mesma maneira:

"O esporte é o esperanto dos povos." (Hippolyte Jean Giraudoux)
"O esporte é uma guerra sem armas." (George Orwell)