segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Política - O Blog do Planalto (II)

Conforme o esperado, foi lançado hoje o Blog do Planalto. Com um layout simples e funcional, o governo federal cria, de maneira a estimular o suposto diálogo governo-população, uma ferramenta útil no combate à desinformação.

O que se espera do blog é um conteúdo confiável, justo, isento. Claro que ele nunca atacará os defeitos do governo Lula acintosamente, mas ele não pode - nem deve - tornar-se um panfleto.

Veja o presidente Lula dando as boas-vindas aos usuários aqui.

Os principais posts dessa inauguração foram acerca do marco regulatório definido pelo presidente em reunião com três governadores. Leia mais sobre isso, no próprio blog do planalto, clicando aqui.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Política - Incontestável, afinal


"Lula reitera soberania colombiana, mas pede garantias
Presidente pede reunião para discutir paz na região e que Uribe reflita sobre estratégia militar contra tráfico

BARILOCHE - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso pacificador durante sua participação na reunião extraordinária da União das Nações Sul-americanas (Unasul) nesta sexta-feira, 28, e pediu "garantias jurídicas" de que o convênio militar que a Colômbia assinou com os Estados Unidos não afetará a região. "Respeitamos o acordo, mas queremos nos resguardar", afirmou o presidente, que insistiu na necessidade de que os países da região possam "ter a segurança" de contar com instrumentos jurídicos que garantam que o acordo "é específico para o território colombiano"."

Lula ainda afirmou que um diálogo entre os presidentes da Colômbia, Equador e Venezuela é necessário para selar as relações na América do Sul, e fortalecer o continente perante a comunidade internacional.

O presidente também lamentou a ausência de Hugo Chavez - que está, aparentemente, cada vez mais distante de um diálogo nesse sentido. Lula reclamou ainda da suposta vontade que os países ricos, nesse caso ilustrados pelos EUA, possuem para opinar e tomar controle sobre a Amazônia.

Mais uma vez, o presidente demonstrou um discurso firme e claro, evidenciando um posicionamento neutro - dentro do jogo de relações políticas, o mais positivo para todos os lados.

É inegável, depois de quase 7 anos de governo Lula: as relações internacionais do país melhoram a cada dia, tanto à direita (relembre do episódio "O cara" clicando aqui) como à esquerda - embora o relacionamento com Chavez e Castro aparentemente não trazem benefícios evidentes para o Brasil, além de se prevenir contra os dois malucos.

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Mais uma tira do Problogger, que ilustra bem o que acontece, às vezes.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Política - O Blog do Planalto (I)

Clipei esta matéria do Estadão por dois motivos, citados a seguir:

"A uma semana de seu lançamento, blog de Lula começa a receber críticas
Depois de sucessivos adiamentos, site não será atualizado pelo próprio presidente e não terá área de comentários

por Rodrigo Martins

Tentando declaradamente seguir os passos do presidente dos EUA, Barack Obama, o Blog do Planalto, que pretende contar o dia a dia da Presidência da República, deve estrear na próxima segunda, dia 31. Ninguém no governo comenta oficialmente o assunto, mas o Link confirmou que, após atrasos, está tudo pronto: do layout à equipe de cinco pessoas, entre jornalistas e técnicos, que tocará o blog – o próprio Lula não postará."


Bem, o primeiro motivo foi, obviamente, o conteúdo. Sabendo da potencialidade que um serviço vindo diretamente do Planalto pode alcançar, a imprensa tradicional treme. As informações "oficiais", inseridas no caráter da Internet, podem ser extremamente úteis no combate à desinformação fornecida pelos meios tradicionais em algumas oportunidades.

O segundo motivo foi a maneira como a notícia foi passada, na seção "Link" do Estadão. Numa clara tentativa de desqualificar o blog e o presidente Lula, o jornal ignorou todas as barreiras da ética e do bom jornalismo. Basta ler o texto atentamente para observar várias "forçadas de barra" que o sujeito que escreveu dá. Lamentável, afinal.

O que se prevê, nesse cenário de ataques aleatórios, é que o blog do planalto, uma semana antes de ser colocado no ar, já é um sucesso.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Internacional - Terceiro mandato, normal.


"Senado colombiano aprova referendo sobre reeleição de Uribe
Se medida for aprovada e o presidente colombiano for reeleito, ele poderá ficar, ao todo, 12 anos no poder

BOGOTÁ - O Senado colombiano - de maioria governista - aprovou na quarta-feira, 19, à noite, por 56 votos a favor, a realização de um referendo para perguntar aos eleitores se aprovam uma mudança na Constituição para permitir ao presidente Álvaro Uribe candidatar-se a um terceiro mandato. O esquerdista Polo Democrático e o também opositor Partido Liberal rejeitaram votar."

O presidente Uribe já afirmou várias vezes que é favorável ao seu próprio terceiro mandato. Mas, vejam leitores, o que o próprio Estadão afirma em outra reportagem:

"Ele é um herói para muitas pessoas por ter tornado as cidades e estradas colombianas mais seguras após[...]"

Uribe. Álvaro Uribe.

Engraçado, não?

Em meados de junho deste ano, um deputado do PMDB, salvo engano Jackson Barreto (SP), apresentou uma PEC que propunha a legalidade de terceiro mandato para presidente no Brasil. Ele, em conjunto com Lula e simpatizantes da ideia, foi massacrado por uma perseguição editorializada da mídia. O assunto estampou as capas dos jornais por mais de um mês. Em vários momentos, Lula era acusado de chavista, radical, golpista.

Por outro lado, Álvaro Uribe, mártir da santa-direita latina e aliado submisso dos Estados Unidos, quando inclinado ao terceiro mandato é "herói". Ninguém o acusa de golpismo, de conspiração, de não querer largar o osso. O tratamento dele é consideravelmente mais "manso". Imparcialidade?

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Televisão - A questão das concessões

Da Folha:

"
TV aberta não pode ser a única atividade cultural, diz ministro
da Folha Online

Durante a sabatina realizada pela Folha nesta quarta-feira, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, afirmou que é preciso reintroduzir a arte e a cultura na produção escolar. "Isso tem que começar na escola. A TV aberta precisa deixar de ser a única atividade acessível no campo da cultura a boa parte da população", afirmou o ministro
."

Corretíssimo, o senhor ministro.

Dentre a guerra ideológica travada entre as televisões abertas do país, a arte e a cultura são continuamente desprezadas em favor do setor comercial. Não é novidade que as televisões são (ou compõe) corporações meramente lucrativas - mas não custa lembrar que as concessões, ou seja, a permissão para que as TVs transmitam sua programação é pública, concedida pelo Governo Federal.

Aqui, portanto, um ponto interessante. Sendo o direito de transmissão de radiodifusão concedido pelo Governo Federal, a regulamentação dessas emissoras não deveria, teoricamente, ser eficiente? Claro que sim. Mas o manjado jogo política entra em cena, aqui também.

Como é possível verificar no
Observatório da Imprensa, o problema é antigo, e atinge seu auge no governo Sarney. Salvo engano, o então Presidente distribuiu 91 concessões de radiodifusão a parlamentares. A simples concessão desse benefício multiplica a influência de qualquer político - tanto no campo de trabalho, como sobre aqueles que o assistem.

Desde então, a concessão entra no jogo político como um favor - atendendo somente aos interesses políticos e comerciais de cada concessionário. Isso, em detrimento da difusão da cultura e do entretenimento de qualidade.

Ao que parece, esses elementos são insuficientes para os objetivos comerciais das grandes empresas - e ineficientes na busca de distração e fuga do cidadão que assiste à TV.

É notável também, dentro da guerra travada entre Globo e Record, o desrespeito a tal fato. Como falado no post
Televisão - A mesma de sempre, a disputa é histórica e envolve interesses comerciais, religiosos, ideológicos. A questão é que, diferente dos meios impressos, a TV depende do Governo para existir - fato que deveria mediar as relações hostis que as duas emissoras estabelecem no seu "jornalismo", virtualmente praticado segundo o que lhes convêm.

Para ler mais sobre concessões,
clique aqui.

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Sensacional a charge do Bessinha. Nela, Álvaro Dias (PSDB-PR) aparece como vendido à Lina, a tal secretária da fazenda, que embalada pelo ritmo da Folha de S. Paulo, acusou Dilma Roussef de qualquer coisa sem ter prova alguma. Muito fácil, e muito comum parece, fazer isso hein? (Créditos. Clique para ampliar).

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Televisão - A mesma de sempre

Da Folha:

"Record e Globo exibem ataques em seus programas dominicais

da Folha Online

O programa "Repórter Record", exibido pela emissora neste domingo (16), mostrou uma longa reportagem contra a TV Globo e uma entrevista com o bispo Edir Macedo.
Cerca de 15 minutos depois, a Globo exibiu no "Fantástico" reportagem na qual fiéis dizem ter sido enganados pela Igreja Universal do Reino de Deus
."

Novidade? Nenhuma. A família Marinho traz à tona as evidentes falcatruas de Edir Macedo e sua quadrilha quando é necessário. Vide os índices de audiência do reality da Record.

A novidade aqui, aliás, é a supremacia da Rede Globo de Televisão sendo ameaçada. Mesmo que num campo tão superficial e estritamente comercial quanto o do entretenimento na TV aberta brasileira. Até alguns anos (quem sabe meses) atrás, a Rede Globo era, digamos, intocável no que diz respeito à audiência, com raras exceções. O que vem à tona agora é o fato de que estas exceções se tornam cada dia mais frequentes.

Não levando em conta os motivos dessa rixa (que são históricos, religiosos, comerciais), ela aparenta iniciar um processo que deveria ter começado há mais de 30 anos: a quebra da supremacia absoluta e monárquica da Rede Globo de Televisão no Brasil.

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Enquanto isso, mais de 11 milhões de pessoas voltam às aulas hoje, findado o recesso da gripe A. Aqui no PR, porém, as Universidades públicas ainda precisam de tempo... Sim, de mais tempo. (Clique para ampliar. Créditos)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Universidade - Aulas adiadas para o dia 24/08. É pra rir ou pra chorar?

"Conselho Universitário da UFPR adia volta às aulas para o dia 24

O Conselho Universitário (Coun), instância máxima de decisão da Universidade Federal do Paraná, adiou a volta às aulas, prevista para a próxima segunda-feira (17/8), para o dia 24 de agosto.

A semana adicional será utilizada para preparar a comunidade universitária para o retorno às aulas. A administração da UFPR está sugerindo a realização de plenárias setoriais, departamentais e colegiados de cursos. Também irá adequar espaços físicos e adotar procedimentos para minimizar o risco de contágio pelo vírus da gripe A (H1N1).
"

Fonte: http://www.ufpr.br/adm/templates/index.php?template=2&Cod=5378

É difícil discernir o que é pior, no caso. Se a terceira prorrogação das aulas pelo mesmo motivo insuficiente, ou a justificativa dada por um instituição de ensino superior federal. É risível.

Primeiro, porque a gripe A não é uma peste bubônica. Tampouco a próxima Era do Gelo. É uma gripe, claro, que exige uma profilaxia e um tratamento adequados. Só isso. (Para ler mais sobre a gripe A, clique aqui)

Agora, a justificativa dada pela UFPR é extremamente risível. "Preparar a comunidade acadêmica para a volta às aulas". Foram duas semanas de aulas postergadas, as atividades administrativas continuaram e o "preparo" para a volta às aulas não foi nem cogitado.

É o senso comum acerca do funcionarismo público tomando forma.

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Charge sensacional do Ronaldo, vista aqui. (Clique para ampliar)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Política - Marina Silva em 2010?


Fala-se em todos os lugares sobre a possível candidatura de Marina Silva, ex-ministra do meio ambiente e senadora do Acre pelo PT, à presidência em 2010. Marina abandonaria o PT e se filiaria ao Partido Verde - uma manobra interessante.

Marina Silva está no PT há mais de 30 anos, conhece todos e todos a conhecem dentro do partido - o que mostra, por um lado, que ela possui um ideário.

Buscando um discurso aprimorado acerca do desenvolvimento sustentável e da questão ambiental, ela pode ser uma ameaça às candidaturas das oligarquias (PT/PMDB ou PSDB/DEM/PMDB). Mas essa, por enquanto apenas, "cogitação" tende a criar inúmeros problemas, principalmente para o PT.

Saindo do partido, Marina abre um vácuo no departamento ambiental do mesmo - que já não é lá muito evidente. Mas o principal obstáculo seria o "roubo" de votos que aconteceria sobre a candidata Dilma Rosseuf, facilitando assim a eleição de José Serra, ou Aécio. Em entrevista ao Valor Econômico, Ciro Gomes afirmou que a candidatura de Marina "implode" a de Dilma.

Entretanto, o que mais me chamou atenção foi o discurso apolítico de Marina Silva. Questionada sobre as consequencias meramente políticas acerca da sua decisão, Marina foi firme. Disse que o mais importante seria o "conteúdo programático" do PV que o "cálculo político apequena o debate".

A questão agora é investigar o PV, partido ainda pequeno no Brasil, mas que não possui uma fama lá muito agradável...

Clique aqui, aqui e aqui para ler mais sobre a possível candidatura de Marina Silva à presidência em 2010.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Justiça - E agora, Gilmar?

Do Observatório da Imprensa:

"O silêncio de Gilmar
Por Alberto Dines em 4/8/2009

O paladino da liberdade de expressão, o ministro Gilmar Mendes, preferiu não se manifestar na segunda-feira (3/8) a respeito da decisão do desembargador Dácio Vieira de proibir o Estado de S.Paulo de continuar a veiculação de informações sobre a Operação Boi Barrica que enredou o filho do senador José Sarney e gerenciador dos seus negócios."

Clique aqui para ler o excelente texto de Alberto Dines.

Bem. Muito bem. Há quarenta anos, a censura era imposta pelo AI-5. O poder Executivo tinha poder total sobre os meios de comunicação - salvo os interesses de ambas as partes. Há quarenta anos, o Estadão era censurado previamente diariamente. Na sua capa, eram estampados versos de Camões e receitas de bolo. Quarenta anos depois, a censura prévia volta à redação do Estadão, desta vez por meio do Judiciário. O que será estampado desta vez? Não sei.

Mas provavelmente Gilmar Mendes sabe. Afinal, ele sabe tudo sobre meios de comunicação, certo? Claro que sim, pois só um indíviduo com conhecimentos plenos sobre a área poderia ter tomados duas decisões supremas que influenciam diretamente a imprensa brasileira - a revogação da Lei de Imprensa e da obrigatoriedade do diploma.

Mas e agora, ministro Gilmar? O que o senhor, defensor ferrenho da liberdade de expressão, fará para combatê-la?

Nada, leitores. O chefe supremo do Judiciário não fará nada - ao menos, nada que não se atenha aos seus interesses, ou de seus aliados.

(Clique aqui para ler mais sobre o diploma, e aqui para ler sobre o Gilmar Mendes).


O que estão fazendo com o Brasil? Respondam-nos Collors, Sarneys e Calheiros da vida (Créditos).

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O perigo da "pandemídia"

Está estampado na capa da Folha de S. Paulo do dia 29/07: “Gripe suína faz SP adiar a volta às aulas”. A tal gripe suína, rebatizada várias vezes, vem causando um considerável alarde na população de modo geral. Abrigada pela sinistra denominação de “pandemia” (que soa mais monumental do que simplesmente “epidemia”), a gripe suína cresce sobremaneira na cobertura feita pela mídia nacional.

Em entrevista ao jornalista Paulo Henrique Amorim, o doutor Marcos Boulos, professor de moléstias infecciosas e parasitárias da Faculdade de Medicina da USP, e atualmente diretor da mesma, afirmou que a gripe H1N1, dentre as doenças infecciosas, é uma das menos graves. Ela é facilmente comparada à gripe sazonal, que se abate sobre a população todos os anos. Em dados percentuais, ela é fatal para apenas 0,1% dos infectados – ou seja, uma em mil pessoas que contraem a doença morre. Boulos garante que o sarampo mata em uma porcentagem 40 vezes maior, e a meningite, em 200 vezes. Segundo o professor, a cobertura da mídia é alarmista e não cumpre sua “função” num momento como o atual: a obrigação de evidenciar as maneiras de enfrentar a doença.

A cobertura sensacionalista, aliás, foi duramente criticada pelo ombudsman da Folha de S. Paulo, Carlos Eduardo Lins da Silva. Ele afirmou, na sua coluna semanal, que a manchete ‘Gripe suína deve atingir ao menos 35 milhões no país em 2 meses’, publicada no dia 19/07, “constitui em um dos mais graves erros jornalísticos cometidos por este jornal desde que assumi o cargo”. Também pudera – os dados expostos na manchete são taxativos, e baseados em outros dados sobre a epidemia da gripe aviária (H5N1), publicados em abril de 2006. O fato é que os dados mereciam cautela para serem explorados, justamente o contrário do que a Redação da Folha se utilizou no caso.

Ainda, é possível comparar o surto ‘assustador’ da gripe suína a outros acontecimentos fatais Brasil afora. Para ilustrar, algumas informações rápidas e de fácil acesso: de acordo com dados oficiais da OMS (Organização Mundial da Saúde), morreram no Brasil em 2007, 35,1 mil pessoas em acidentes de trânsito (note-se que o número real de mortes pode extrapolar em muito estes dados, visto que eles só contabilizam mortes no local do acidente). Dados oficiais da Previdência Social revelam que acidentes de trabalho causam 3 mil mortes por ano no país (dado que vem, com o passar do tempo, diminuindo). Segundo dados da Unesco, na década final do século XX morreram, em média, 32 mil pessoas por ano devido a armas de fogo no país. O estudo revela que esta média é superior a vários países que se encontravam em guerra. O mais impressionante, todavia, são os dados acerca da gripe sazonal. Os dados expostos pela mesma Folha de S. Paulo – claro, com um destaque menor – revelam que a gripe comum foi responsável por 17 mortes por dia em São Paulo, em 2008. Isso resulta em mais de 6 mil pessoas mortas devido à gripe comum e suas complicações no ano, só no estado de São Paulo.

Todos estes dados não deveriam, portanto, causar um alarde consideravelmente maior do que aquele atribuído à gripe espetacular da mídia?

A questão principal, por fim, é que a cobertura midiática sobre a gripe suína é, de fato, alarmista. Ela parece não refletir, majoritariamente, a gravidade real da situação. Por quê? Não sei. Sei que ela causa preocupações e concentra o noticiário em algo, talvez, desnecessário, exacerbado. Claro que o conteúdo noticioso da doença e principalmente as medidas profiláticas devem compor a pauta dos jornais do país – entretanto, guardadas as devidas proporções.

Somando tudo, resta decidir o que é pior: os grandes jornalões ignorando os princípios éticos do jornalismo, a desinformação, que eventualmente desvirtua o cidadão de questões de maior relevância, ou as crianças de São Paulo (e de milhares de outras cidades em vários estados que adotaram tal medida) comemorando o direito cedido pelo governador de não ir à escola.


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A sujeira de Sarney e cia aumentou a ponto tal, de até o presidente Lula, no seu tom "apaziguador", largar o presidente do Senado a sua própria sorte. (Créditos. Clique para ampliar).