Hoje, por volta de 19hrs, aqui no apartamento onde moro com a minha família, minha irmã, de aproximadamente 9 anos, saiu exclamando pela casa: "Pai, pai, liga a TV porque hoje é o último capítulo da novela!". As respostas, igualmente exclamativas, vieram prontamente.
Por que a dramaturgia barata, desprovida de qualquer caráter artístico, informativamente nula, culturamente deprimente e socialmente louvada consegue atrair para si o interesse (alguns chamariam até de "fixação") ininterrupto e fascinado de crianças, jovens e adultos?
Quem souber a resposta ganha um império monopolizador de comunicação, detentor de inúmeros canais de TV, concessões infinitas pelo sertão afora, cinco jornais de expressão nacional, dezenas de revistas periódicas, dezenas de emissoras de rádio pelo país, e muitas outras empresas relacionadas à área. Com uma vultuosidade norteamericana, organização digna dos mais refinados países da Europa, técnicas com excelência mundiais, e monopolização da informação muito parecida com aquela da Venezuela.
Por que a dramaturgia barata, desprovida de qualquer caráter artístico, informativamente nula, culturamente deprimente e socialmente louvada consegue atrair para si o interesse (alguns chamariam até de "fixação") ininterrupto e fascinado de crianças, jovens e adultos?
Quem souber a resposta ganha um império monopolizador de comunicação, detentor de inúmeros canais de TV, concessões infinitas pelo sertão afora, cinco jornais de expressão nacional, dezenas de revistas periódicas, dezenas de emissoras de rádio pelo país, e muitas outras empresas relacionadas à área. Com uma vultuosidade norteamericana, organização digna dos mais refinados países da Europa, técnicas com excelência mundiais, e monopolização da informação muito parecida com aquela da Venezuela.
Prezado Guilherme, discordo de seu ponto de vista. Ao lado do artigo postado por vc, temos manchetes da folha online mencionando 4 noticiais, sendo que tres delas são sobre novelas. Será que a folha é um jornal "informativamente nulo" por colocar notícias de novelas? Será que você nunca assistiu a um programa "desprovido de qualquer caráter artístico" somente para distrair seu dia? Prender a atenção das pessoas em frente a tv durante meses, que é o que faz o escritor destas novelas, não precisa ser uma pessoa altamente capacitada? O "império monopolizador" que você menciona foi constrúído por pessoas de grande visão empresarial, ou você acha que qualquer um tem tal competência? Será que todos os jornalistas que trabalham neste "império monopolizador" não tem competência alguma? Todos precisamos as vezes de um pouco de cultura inútil, senão ao invés de seres humanos cultos ou não, poderemos ser transformados em robôs, onde o que "não presta" não tem utilidade alguma. Boa Noite.
ResponderExcluirSem dúvida nenhuma, Roberto Marinho, herdando quase nada de seu pai Irineu, foi um dos maiores empresários que já passou por essas terras. Sua visão e energia construíram (mesmo que com muita maracutaia) uma rede de empresas reconhecida mundialmente. A Folha tem muita coisa ruim, é verdade... Em parceria com o portal UOL, ela faz a capa deste parecer-se com a capa da Caras. Mas a linha editorial é muito competente, e se, lida com a devida parcimônia, é um dos melhores jornais do país.
ResponderExcluirAssim como na Rede Globo. Provavelmente, os melhores jornalistas da área de TV e rádio estão em uma de suas empresas. Porém, muitas vezes, devido a uma linha editorial parcial e conservadora, a capacidade jornalística deles é decepada, e isso acontece com uma frequencia assustadora.
A cultura inútil faz parte da vida de qualquer um, claro. Mas muitas pessoas se guiam pela grade da Globo. Fazem dela seu horário de vida. A única fonte de informação dessas pessoas (a Globo alcança 99,7% das casas do país) passa a ser a Globo. A única forma de cultura (mesmo que extremamente fraca, devido ao apelo comercial) dessas pessoas, passa a ser a Globo.
Isso não é extremamente prejudicial para a saúde de um país como o Brasil? Eu não lamento de a Rede Globo existir. Pelo contrário, ela sempre foi fundamental nas comunicações para o país. O que eu lamento, com profundo pesar, é o monopólio que ela exerce volutariosamente.
(Outra coisa que eu lamento é você ter postado como Anônimo. O Mundo sempre tenta, e incentiva, seus visitantes e frequentadores a promover o debate sadio, porque crê que isso desenvolve o conhecimento).
Abraços.