Do blog Brasília, eu vi:
Por Leandro Fortes
A imprensa brasileira não vai descansar enquanto não arrancar do presidente Lula, ou de algum ministro de Estado, uma declaração favorável ao terceiro mandato. A insistência com que a mídia tem tratado do tema, em ondas ciclotímicas cada vez mais curtas, revela aquele tipo de interesse que nada tem a ver com os fatos ou, no limite, com demandas jornalísticas. Trata-se de uma campanha infernal para colar na imagem de Lula a pecha de “ditador chavista” às vésperas de um ano eleitoral, como se fosse possível, a essa altura do campeonato, estabelecer semelhanças ideológicas e de ação governamental entre o presidente brasileiro e seu colega, Hugo Chávez, da Venezuela. Há mais de dois anos, escrevi uma matéria na CartaCapital (“Eterno factóide”) a respeito do assunto, quando a onda do terceiro mandato tinha como objetivo contaminar as bases eleitorais do governo, com vistas às eleições municipais de 2008, quando ainda rescendiam brasas sobre os escombros do chamado “mensalão”. Lá, pelas tantas, escrevi:
Por Leandro Fortes
A imprensa brasileira não vai descansar enquanto não arrancar do presidente Lula, ou de algum ministro de Estado, uma declaração favorável ao terceiro mandato. A insistência com que a mídia tem tratado do tema, em ondas ciclotímicas cada vez mais curtas, revela aquele tipo de interesse que nada tem a ver com os fatos ou, no limite, com demandas jornalísticas. Trata-se de uma campanha infernal para colar na imagem de Lula a pecha de “ditador chavista” às vésperas de um ano eleitoral, como se fosse possível, a essa altura do campeonato, estabelecer semelhanças ideológicas e de ação governamental entre o presidente brasileiro e seu colega, Hugo Chávez, da Venezuela. Há mais de dois anos, escrevi uma matéria na CartaCapital (“Eterno factóide”) a respeito do assunto, quando a onda do terceiro mandato tinha como objetivo contaminar as bases eleitorais do governo, com vistas às eleições municipais de 2008, quando ainda rescendiam brasas sobre os escombros do chamado “mensalão”. Lá, pelas tantas, escrevi:
“O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, além de ter sido beneficiado com a manobra da reeleição, colocada em prática via mudança da Constituição, foi um dos avalistas internacionais do terceiro mandato de Alberto Fujimori, do Peru. Tanto, e de tal forma, que Fujimori, atualmente às vésperas de ser julgado por crime de corrupção, tráfico de armas e genocídio pela Justiça peruana, arrolou FHC como testemunha”.
Incrível, né? Fernando Henrique Cardoso alterou a Constituição Federal, à custa de um escândalo de compra de votos no Congresso Nacional, para emendar um segundo mandato, com apoio irrestrito da mídia nacional. Em outro front, dava apoio político e diplomático a Fujimori, conhecido bandoleiro internacional, dado a censurar jornalistas e assassinar opositores, para que “El Chino” conseguisse um terceiro mandato no Peru. Sobre o que estamos falando mesmo? Ah, sobre o terceiro mandato, idéia rejeitada, sistematicamente, pelo supostamente (vocábulo adorado dos jornais, nos últimos tempos) principal interessado, a saber, o presidente Lula.
Clique aqui para ler o texto completo.
O terceiro mandato é inconstitucional. Não está previsto na Legislação brasileira. Porém, o segundo mandato também não era. Até FHC mudar a Constituição e adaptá-la, à época, aos seus casos. Eu, e ninguém mais no Brasil, lembra da imprensa bombardeá-lo com perguntas inúteis e sem sentido, como fazem com Lula. FHC não foi autoritário, chavista, revolucionário. Lula é? Claro que não.
Em tempo, Franklin Roosevelt, presidente dos EUA na época da crise de 1929, foi presidente por 4 mandatos. Foi eleito em 1932, 1936, 1940 e 1944 - todos estes cumpridos depois de Roosevelt contrair poliomielite.
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O terceiro mandato é inconstitucional. Não está previsto na Legislação brasileira. Porém, o segundo mandato também não era. Até FHC mudar a Constituição e adaptá-la, à época, aos seus casos. Eu, e ninguém mais no Brasil, lembra da imprensa bombardeá-lo com perguntas inúteis e sem sentido, como fazem com Lula. FHC não foi autoritário, chavista, revolucionário. Lula é? Claro que não.
Em tempo, Franklin Roosevelt, presidente dos EUA na época da crise de 1929, foi presidente por 4 mandatos. Foi eleito em 1932, 1936, 1940 e 1944 - todos estes cumpridos depois de Roosevelt contrair poliomielite.
Em ordem, sentados: Winston Churchill, Franklin Roosevelt e Joseph Stalin, na Conferência de Yalta. 4 mandatos de Roosevelt, e só 4, devido à debilitada saúde.
Esse é só um exemplo, ilustrando que o terceiro mandato não é uma bizarrice digna dos comunismos mal sucedidos de sempre. Claro que eu não sou a favor de Lula continuar na presidência pelos próximos anos. Mas não hesitaria em refletir sensivelmente sobre isso defronte à candidatura de José Serra, FHC, Michel Temer, José Sarney, ou qualquer outro dinossauro da nossa fraca política.
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