Está no Conversa Afiada (blog do jornalista Paulo Henrique Amorim):
"Conversa Afiada denuncia Cristovam Buarque no Conselho de Ética
O Conversa Afiada encaminhou ao presidente do Conselho de Ética do Senado o e-mail abaixo:
A funcionária Cleane Batista, do gabinete do Senador, confirmou o recebimento deste email às 14h20 e disse que o Senador terá o conhecimento dele na segunda-feira.
Exmo. Sr. Senador Paulo Duque
Na qualidade de cidadão brasileiro e leitor do “Inferno” de Dante, gostaria de encaminhar a este Conselho de Ética denúncia contra o senador Cristovam Buarque, do PDT-DF, pelos motivos anexos neste “post” que escrevi em meu modesto portal “Conversa Afiada”.
Certo da sua superior consideração, lembro que sou eleitor do Rio de Janeiro …
Saudações
Paulo Henrique Amorim"
Segundo o anexo do post a que ele se refere, Cristovam Buarque é definido como "traíra":
"O maior dos “traíras” é o Senador Cristovam Buarque.
. Ele não dá um passo que não seja para boicotar o Governo e o Partido a que serviu.
. Demitido por telefone do cargo de Ministro da Educação, Cristovam Buarque se tornou estrela da GloboNews, sempre que a Globo News precisa de alguém com “credencial” para falar mal do Governo Lula e do PT, a quem Cristovam Buarque serviu, agora se vê, já com a alma partida de um “traíra”."
Todos conhecemos o histórico (aparentemente) limpo de Cristovam Buarque. Baseando sua vida política no estandarte da educação (o melhor para um país como o Brasil), ele não parece envolvido nos inúmeros escândalos do Senado Federal. E foi, de fato, ministro da Educação do Governo Lula. Saiu por divergências. Viu as divergências da proposta de vida de Lula e de sua ação no Governo. E hoje, discorda disso e das bases do Governo - nada mais natural, aliás. Só isso. Ele não traiu ninguém. Discordou, saiu, e hoje defende o que acredita. Isso é política de verdade. Não faz parte dos jogos políticos de Renan Calheiros, José Sarney e da turma do PMDB. Esses jogos não são política, são espertezas. Assim como denominar Cristovam Buarque de "traíra".
Paulo Henrique Amorim fundamenta o seu blog numa crítica sobre a mídia tradicional. E ele tem razão, a crítica de mídia no país era, até pouco tempo atrás, irrisória - e uma mídia tão conservadora como a brasileira deve sim ser criticada, duramente até. Ela deve sofrer pressões para não sair do seu lugar, e lançar seus braços, indevidamente, sobre a política brasileira.
Porém, o blog de Paulo Henrique Amorim (em conjunto com outros como Luís Nassif) se transformou numa filial do gabinete presidencial. "Chapa-branca" como é conhecido por aí. Para ele, tudo, inevitavelmente tudo que a grande imprensa e o PSDB (ou qualquer outro que tenha a ousadia de se colocar no caminho do sagrado Lula) executam é golpismo, demagogia, traíragem.
"Conversa Afiada denuncia Cristovam Buarque no Conselho de Ética
O Conversa Afiada encaminhou ao presidente do Conselho de Ética do Senado o e-mail abaixo:
A funcionária Cleane Batista, do gabinete do Senador, confirmou o recebimento deste email às 14h20 e disse que o Senador terá o conhecimento dele na segunda-feira.
Exmo. Sr. Senador Paulo Duque
Na qualidade de cidadão brasileiro e leitor do “Inferno” de Dante, gostaria de encaminhar a este Conselho de Ética denúncia contra o senador Cristovam Buarque, do PDT-DF, pelos motivos anexos neste “post” que escrevi em meu modesto portal “Conversa Afiada”.
Certo da sua superior consideração, lembro que sou eleitor do Rio de Janeiro …
Saudações
Paulo Henrique Amorim"
Segundo o anexo do post a que ele se refere, Cristovam Buarque é definido como "traíra":
"O maior dos “traíras” é o Senador Cristovam Buarque.
. Ele não dá um passo que não seja para boicotar o Governo e o Partido a que serviu.
. Demitido por telefone do cargo de Ministro da Educação, Cristovam Buarque se tornou estrela da GloboNews, sempre que a Globo News precisa de alguém com “credencial” para falar mal do Governo Lula e do PT, a quem Cristovam Buarque serviu, agora se vê, já com a alma partida de um “traíra”."
Todos conhecemos o histórico (aparentemente) limpo de Cristovam Buarque. Baseando sua vida política no estandarte da educação (o melhor para um país como o Brasil), ele não parece envolvido nos inúmeros escândalos do Senado Federal. E foi, de fato, ministro da Educação do Governo Lula. Saiu por divergências. Viu as divergências da proposta de vida de Lula e de sua ação no Governo. E hoje, discorda disso e das bases do Governo - nada mais natural, aliás. Só isso. Ele não traiu ninguém. Discordou, saiu, e hoje defende o que acredita. Isso é política de verdade. Não faz parte dos jogos políticos de Renan Calheiros, José Sarney e da turma do PMDB. Esses jogos não são política, são espertezas. Assim como denominar Cristovam Buarque de "traíra".
Paulo Henrique Amorim fundamenta o seu blog numa crítica sobre a mídia tradicional. E ele tem razão, a crítica de mídia no país era, até pouco tempo atrás, irrisória - e uma mídia tão conservadora como a brasileira deve sim ser criticada, duramente até. Ela deve sofrer pressões para não sair do seu lugar, e lançar seus braços, indevidamente, sobre a política brasileira.
Porém, o blog de Paulo Henrique Amorim (em conjunto com outros como Luís Nassif) se transformou numa filial do gabinete presidencial. "Chapa-branca" como é conhecido por aí. Para ele, tudo, inevitavelmente tudo que a grande imprensa e o PSDB (ou qualquer outro que tenha a ousadia de se colocar no caminho do sagrado Lula) executam é golpismo, demagogia, traíragem.
Segundo os preceitos que Paulo Henrique adota para Cristovam Buarque, ele mesmo (PH) é "traíra". Ele já trabalhou na Globo e no Uol (host da Folha de S. Paulo), saiu, e hoje tudo que ele faz é criticar essas empresas de comunicação. Adotando o mesmo preceito, PHA é um traíra dessas corporações.
Claro que muitas vezes ele está certo. A mass media brasileira é editorializada. Atende interesses de certas classes - assim como o PSDB é golpista e reacionário. Entretanto, o que Paulo Henrique Amorim faz, da maneira que ele faz, é meramente campanha política. Foge da proposta de crítica. Assim, perde totalmente sua credibilidade jornalística. Lamentável.
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