Está no Estadão:
"Lula diz que Brasil não reconhece novo governo em Honduras
Presidente afirma que é inaceitável que alguém tome o poder pela "via do golpe", sem eleição livre e direta
Daniela do Canto, do estadao.com.br
SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o golpe de Estado em Honduras que derrubou o presidente José Manuel Zelaya. As declarações foram feitas durante o programa de rádio Café com o Presidente, transmitido na manhã desta segunda-feira, 29. "Nós não podemos aceitar ou reconhecer qualquer novo governo que não seja o presidente do Zelaya, porque ele foi eleito diretamente pelo voto, cumprindo as regras da democracia", afirmou. "E nós não podemos aceitar mais, na América Latina, alguém querer resolver o seu problema de poder pela via do golpe, porque nós não podemos aceitar que alguém veja alguma saída para o seu país fora da democracia, fora da eleição livre e direta. E o Zelaya ganhou as eleições." "
Clique aqui e tenha um panorama da crise política em Honduras.
Pois bem. Ao que parece, o presidente Manuel Zelaya, eleito por uma coligação de centro nas eleições de 2005, aproximou-se de Hugo Chavez e gostou das ideias do mesmo em realizar reeleições (não que isso seja algo bizarro, como já debati por aqui). A Constituição de Honduras, por sua vez, tem como cláusula pétrea o fato de não ser permitido reeleições no país - e a insistência do presidente em realizar um plebiscito para verificar a constitucionalidade dessa letra parece ter irritado os membros do Judiciário e do Legislativo, que em conjunto com o Exército mandaram o presidente descansar na Costa Rica.
"Lula diz que Brasil não reconhece novo governo em Honduras
Presidente afirma que é inaceitável que alguém tome o poder pela "via do golpe", sem eleição livre e direta
Daniela do Canto, do estadao.com.br
SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o golpe de Estado em Honduras que derrubou o presidente José Manuel Zelaya. As declarações foram feitas durante o programa de rádio Café com o Presidente, transmitido na manhã desta segunda-feira, 29. "Nós não podemos aceitar ou reconhecer qualquer novo governo que não seja o presidente do Zelaya, porque ele foi eleito diretamente pelo voto, cumprindo as regras da democracia", afirmou. "E nós não podemos aceitar mais, na América Latina, alguém querer resolver o seu problema de poder pela via do golpe, porque nós não podemos aceitar que alguém veja alguma saída para o seu país fora da democracia, fora da eleição livre e direta. E o Zelaya ganhou as eleições." "
Clique aqui e tenha um panorama da crise política em Honduras.
Pois bem. Ao que parece, o presidente Manuel Zelaya, eleito por uma coligação de centro nas eleições de 2005, aproximou-se de Hugo Chavez e gostou das ideias do mesmo em realizar reeleições (não que isso seja algo bizarro, como já debati por aqui). A Constituição de Honduras, por sua vez, tem como cláusula pétrea o fato de não ser permitido reeleições no país - e a insistência do presidente em realizar um plebiscito para verificar a constitucionalidade dessa letra parece ter irritado os membros do Judiciário e do Legislativo, que em conjunto com o Exército mandaram o presidente descansar na Costa Rica.
O Presidente Manuel Zelaya, destituído do cargo em Honduras.
A questão aqui seria entender por quê. Amor à pátria, e consequente ódio àqueles que tentam ferir a Constituição? Pouco provável. O presidente Zelaya ainda se prestou o favor de tentar realizar um plebiscito - consequentemente, fazer a população escolher. Não lembro de nenhum grupo armado até os dentes invadir o Palácio de Fernando Henrique Cardoso, então presidente do Brasil, quando o mesmo moldou uma proposta de reeleição no país e a enviou ao Congresso - e este, a acatou.
O presidente instituído pelo Congresso, Roberto Micheletti.
Então, parece que os dois poderes (Judiciário e Legislativo) se uniram para expulsar um presidente alinhado à esquerda, justamente por este fato. Ainda, Zelaya decretou que as emissoras de TV e rádio exibissem um programa diário de duas horas do seu governo, alegando que a cobertura jornalística do país era tendenciosa. Ele também aderiu à Alba, o bizarro grupo de integração da América Latina promovido por Chavez. O presidente foi destituído "constitucionalmente". Até onde entendi, é um golpe no Governo dado pelo próprio Governo. Forma excêntrica, no mínimo.
Esperamos, então, respostas.
Confira a repercussão nos principais jornais clicando aqui, aqui e aqui.
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