domingo, 15 de março de 2009

O Mundo: Política - Brasil e Estados Unidos

Fonte: Yuri Gripas/Reuters.

Nessa semana, o presidente Luís Inácio Lula da Silva viajou a Washington para visitar o presidente dos EUA Barack Obama. O encontro, de modo bilateral, é muito importante para os dois países e também para o resto do mundo, em relação à crise. Vários assuntos estão sendo abordados, vamos aos principais:

- Crise
: pauta de todos os encontros políticos do mundo ultimamente, a crise tem papel relevante no encontro. Servindo como um "antecedente" ao encontro do G20 (a ser realizado no dia 02 de abril, em Londres), a reunião entre os dois presidentes tem um quê de significativo: Obama representa a maior economia do mundo, pivô da crise, e Lula dá a face dos países emergentes, que agora, tem papel fundamental na resolução da mesma. Ambos também acreditam que a crise pode ser resolvida com as decisões do encontro do Grupo.



- Protecionismo: as tarifas infladas aos produtos estrangeiros, impostas pelo governo americano, incomodam a política de comércio externo brasileiro, e não é de hoje. Mais uma vez, e de maneira correta, o presidente Lula bate nesta tecla e busca, de alguma forma, uma "conscientização" dos EUA, apontando que esse protecionismo, neste momento, agravaria a crise econômica. Obama, por sua vez, afirma que o objetivo é não retroceder nos acordos já firmados, de maneira a assegurar o respeito entre os países.

Claro que isso é uma questão delicada, mas eu acredito (e sendo bem otimista) que com um diálogo, e que depois de os EUA arrumarem a casa bagunçada pelo impacto da crise, as relações entre os dois países nesse sentido poderão se desenvolver, principalmente pela receptividade que ocorreu na Casa Branca.


- América Latina: já no início do encontro, Lula afirmou que a eleição de Obama era importante para a região. Obama, porém, pareceu não se preocupar muito com isso. Em encontro com jornalistas, depois da reunião, Lula afirmou que a América Latina necessita de maior independência para resolver seus problemas, especificamente o do narcotráfico.

O presidente está certo, mas ainda é necessário maior diálogo, democrático e multilateral, dos países latinoamericanos, para que estes possam resolver seus problemas de maneira satisfatória. Esse diálogo, porém, se torna imprevisível quando levamos em conta a intransigência de Hugo Chavez e sua turma, além do lobby das FARCs.

- Energia alternativa
: outro assunto que está na pauta de encontros entre os dois países há tempos, o biocombustível marcou presença. Obama afirmou que admira o desenvolvimento do Brasil nesse sentido, e que os EUA têm muito a aprender sobre o assunto. Lula diz acreditar que o biocombustível logo se tornará um opção evidente para os países, que logo estarão utilizando a tecnologia.

O biocombustível, de maneira ingênua, representa para mim a redenção do Brasil. Em algum tempo, com algum desenvolvimento e principalmente, com vontade de fazer, a tecnologia trará seus frutos, e será peça importante na economia, no comércio externo, e consequentemente, no desenvolvimento do país.

4 comentários:

  1. Muita conversa, muita gentileza, mas (e me corrija se estiver errado)nada resolvido concretamente... Uma conversa que não alterou situação alguma abordada.

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  2. Sim, nada foi acordado, resolvido, nem nada. Mas eu acredito que para um primeiro encontro, e devido estarmos às vésperas do G20, a coisa toda teve algum significado. Mas você está certo, não se pode ficar apenas na conversa.

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  3. Só para variar um pouco, assino embaixo, só que deixo as minhas considerações.
    Admiro a conquista de Barack Obama como presidente dos EUA, e com total certeza, ele foi melhor opção do que John McCain. Admito que cai na euforia momentânea, e comemorei a vitória de Obama, porque querendo ou não, ele é um negro na presidência dos EUA. Entretanto, após ler diversas colunas dos jornalistas daquele país, tanto da oposição republicana, quanto de neutros, percebi que o "Super Homem" do momento não é o mesmo dos quadrinhos. Enfim, começo a me preocupar com Barack Obama.

    Por fim, deixo a minha indignação registrada, enquanto Hugo Chávez, o ditador, o novo Stalin, o novo Fidel, enfim, dêem vocês a nomeação que vos agrada, continuar a mandar o exército tomar portos e aeroportos, como resposta a oposição, não haverá como a America Latina, ou mesmo a América do Sul, como um grupo, conseguir crescer e ganhar voz ativa.

    Deixo aqui os meus parabéns a você, Sobota, pelas conquistas, e informo que próximo comentário vem daqui a uns 40 dias! ;)

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  4. blog de jornalista mesmo! muito legal! :*

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