Esse é o post de número 100 do blog O Mundo.
O projeto de um blog era antigo, desde a época do ensino médio o adolescente bobo já queria ter um para escrever qualquer coisa. E ai, veio a faculdade, e com ela, o assunto a se escrever. A ideia inicial do blog sempre foi falar sobre política e literatura, dois campos do conhecimento que eu amo. Porém, com o desenrolar da faculdade de comunicação, outra paixão se enraizou em mim: o jornalismo.
Do dia 15 de janeiro para cá foram quase 100 dias de dedicação ao blog e, principalmente, aos (poucos) leitores. Mas hoje, me sinto satisfeito. Vejo que 100 posts depois, a minha paixão por manter um espaço como este só aumentou.
Aliás, desde que eu comecei a perceber, com o auxílio das aulas de certa disciplina da faculdade, que a imprensa (e consequentemente) o jornalismo do Brasil formavam praticamente um partido político, estabeleci uma meta: criticar esse mau uso do campo, e de certa forma expor às pessoas os descasos e mentiras que transpassam tudo isso no país. A blogosfera, nos últimos anos, se transformou num espaço imenso e inédito: um espaço de crítica à mídia, algo que praticamente nunca ocorreu no Brasil (salvo jornais inesquecíveis, como O Pasquim, que fazia um trabalho mais ou menos nesse sentido).
Por isso, eu afirmo: a leitura plural da crítica da mídia é tão (ou mais) relevante quanto a leitura da mídia tradicional. Ler, ouvir ou assistir os jornais tradicionais é, e sempre foi, importante, sim. Entretanto, no cenário atual, torna-se indispensável a leitura desses jornais por um viés crítico: eles constituem uma rede de empresas privadas dotadas de interesses próprios - é nesse contexto que a crítica da mídia se insere como fundamental nas relações entre audiência e meios de comunicação. Para entender, avaliar, de fato, se informar sobre os assuntos.
A imensa possibilidade de informações que a Internet disponibiliza fortalece uma noção que os estudos em comunicação da escola funcionalista dos EUA pregam desde os anos 1940: a disfunção narcotizante. Os sociólogos Paul Lazarsfeld e Robert Merton defendiam em seus estudos que a exposição à informação poderia causar uma situação "narcotizante" aos receptores dessa informação, ou seja, a ideia de que estar bem informado é possuir qualquer papel social.
Se esta noção está certa, no que eu acredito, atualmente um passo fundamental para derrubá-la é a leitura diária da crítica da mídia.
100 posts depois, eu falo: ao mesmo tempo em que o leitor abre os sites do UOL, da Globo, do Estado de São Paulo, abra os de crítica. A sua leitura acerca da mídia e das relações sociais do Brasil ampliará de uma maneira fenomenal. Se eu conseguir atingir uma pessoa que seja com esta mensagem, terei a certeza de que este blog cumpriu seu objetivo, e de que eu cumpri meu propósito.
Segue alguns links de blogs e sites de crítica à mídia:
Brasília, Eu Vi - Leandro Fortes
Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim
Fernando Molica
Blog do Luis Nassif
Observatório da Imprensa
Vi o Mundo - Luiz Carlos Azenha
e outros, muitos outros por aí afora.
No mais, muito obrigado pelas visitas e pelos comentários! O apoio de todos é sempre muito bom para mim.
O Mundo continua, sempre com ambições cada vez maiores.
O projeto de um blog era antigo, desde a época do ensino médio o adolescente bobo já queria ter um para escrever qualquer coisa. E ai, veio a faculdade, e com ela, o assunto a se escrever. A ideia inicial do blog sempre foi falar sobre política e literatura, dois campos do conhecimento que eu amo. Porém, com o desenrolar da faculdade de comunicação, outra paixão se enraizou em mim: o jornalismo.
Do dia 15 de janeiro para cá foram quase 100 dias de dedicação ao blog e, principalmente, aos (poucos) leitores. Mas hoje, me sinto satisfeito. Vejo que 100 posts depois, a minha paixão por manter um espaço como este só aumentou.
Aliás, desde que eu comecei a perceber, com o auxílio das aulas de certa disciplina da faculdade, que a imprensa (e consequentemente) o jornalismo do Brasil formavam praticamente um partido político, estabeleci uma meta: criticar esse mau uso do campo, e de certa forma expor às pessoas os descasos e mentiras que transpassam tudo isso no país. A blogosfera, nos últimos anos, se transformou num espaço imenso e inédito: um espaço de crítica à mídia, algo que praticamente nunca ocorreu no Brasil (salvo jornais inesquecíveis, como O Pasquim, que fazia um trabalho mais ou menos nesse sentido).
Por isso, eu afirmo: a leitura plural da crítica da mídia é tão (ou mais) relevante quanto a leitura da mídia tradicional. Ler, ouvir ou assistir os jornais tradicionais é, e sempre foi, importante, sim. Entretanto, no cenário atual, torna-se indispensável a leitura desses jornais por um viés crítico: eles constituem uma rede de empresas privadas dotadas de interesses próprios - é nesse contexto que a crítica da mídia se insere como fundamental nas relações entre audiência e meios de comunicação. Para entender, avaliar, de fato, se informar sobre os assuntos.
A imensa possibilidade de informações que a Internet disponibiliza fortalece uma noção que os estudos em comunicação da escola funcionalista dos EUA pregam desde os anos 1940: a disfunção narcotizante. Os sociólogos Paul Lazarsfeld e Robert Merton defendiam em seus estudos que a exposição à informação poderia causar uma situação "narcotizante" aos receptores dessa informação, ou seja, a ideia de que estar bem informado é possuir qualquer papel social.
Se esta noção está certa, no que eu acredito, atualmente um passo fundamental para derrubá-la é a leitura diária da crítica da mídia.
100 posts depois, eu falo: ao mesmo tempo em que o leitor abre os sites do UOL, da Globo, do Estado de São Paulo, abra os de crítica. A sua leitura acerca da mídia e das relações sociais do Brasil ampliará de uma maneira fenomenal. Se eu conseguir atingir uma pessoa que seja com esta mensagem, terei a certeza de que este blog cumpriu seu objetivo, e de que eu cumpri meu propósito.
Segue alguns links de blogs e sites de crítica à mídia:
Brasília, Eu Vi - Leandro Fortes
Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim
Fernando Molica
Blog do Luis Nassif
Observatório da Imprensa
Vi o Mundo - Luiz Carlos Azenha
e outros, muitos outros por aí afora.
No mais, muito obrigado pelas visitas e pelos comentários! O apoio de todos é sempre muito bom para mim.
O Mundo continua, sempre com ambições cada vez maiores.
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100 posts depois, Drummond nos fala novamente:
Mãos Dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
Carlos Drummond de Andrade
Boa, Gui!!! ahahaha
ResponderExcluirParabéns pelo centésimo post, parabéns pelo blog. Admiro muito a sua visão de Mundo e estou sempre lendo aqui. Concordo com as críticas que vc faz e realmente acho que vc fará a diferença no jornalismo. =*)