Mantive este blog por quase dois anos (numa época de ingenuidade e de fascínio com o jornalismo e com a política), mas um dia a coisa toda para.
Mas vocês podem ver por aí que uma das minhas paixões daquela época continua viva: a literatura.
Estou, portanto, num novo endereço: http://www.bibliotecavertical.blogspot.com.
Visitem e sigam lá também!
Um abraço.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
terça-feira, 6 de abril de 2010
Jornalismo - Primeiras Impressões
O Jornal Comunicação está, aos poucos, tomando parte da minha vida. Ele é, de fato, a minha primeira atribuição jornalística - o jornalismo com preocupação social, com responsabilidade, com o texto característico. Acima de tudo isso, o contato com as fontes, tarefa mais que básica do jornalista, começa a se desenvolver.
A editoria que escolhi por preferência pessoal e por ter maior conhecimento na área, política, tem esse contato com fontes como um ponto crucial na separação entre o jornalismo bem sucedido e a simples repetição de discursos baratos.
Ricardo Kotscho, Franklin Martins, Gilberto Dimenstein e inúmeros outros grandes nomes do jornalismo se envolveram com o político, em alguma altura da carreira. Eu, que decidi começar por este campo, começo a aprender que as dificuldades que se impõe nesse caminho não são poucas. Mas até agora, a principal delas é o acesso às fontes.
Deputados, assessorias públicas, senadores, cientistas políticos (estes os mais receptivos) são exemplos de profissionais com que estou começando a ter contato. Primeira impressão: confirmação do senso comum de que políticos não trabalham. Ou trabalham muito pouco.
Mas continuo querendo acreditar que isso não passa de senso comum barato. Por ora, continuo meu modesto trabalho num jornal laboratório, com a certeza que de o aprendizado que estou adquirindo, aos poucos, formará um jornalista certo de sua responsabilidade social.
Leia também
Jornal Comunicação - Diários secretos da Assembleia Legislativa do Paraná podem interferir no rumo das Eleições 2010
Jornal Comunicação - Reforma no Código de Processo Penal deve otimizar sistema de justiça
A editoria que escolhi por preferência pessoal e por ter maior conhecimento na área, política, tem esse contato com fontes como um ponto crucial na separação entre o jornalismo bem sucedido e a simples repetição de discursos baratos.
Ricardo Kotscho, Franklin Martins, Gilberto Dimenstein e inúmeros outros grandes nomes do jornalismo se envolveram com o político, em alguma altura da carreira. Eu, que decidi começar por este campo, começo a aprender que as dificuldades que se impõe nesse caminho não são poucas. Mas até agora, a principal delas é o acesso às fontes.
Deputados, assessorias públicas, senadores, cientistas políticos (estes os mais receptivos) são exemplos de profissionais com que estou começando a ter contato. Primeira impressão: confirmação do senso comum de que políticos não trabalham. Ou trabalham muito pouco.
Mas continuo querendo acreditar que isso não passa de senso comum barato. Por ora, continuo meu modesto trabalho num jornal laboratório, com a certeza que de o aprendizado que estou adquirindo, aos poucos, formará um jornalista certo de sua responsabilidade social.
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quarta-feira, 17 de março de 2010
Não, não é o fim dos jornais.
Esse é um assunto que está em todas as pautas de discussão quando o tema é jornalismo, atualmente: os jornais impressos vão acabar?
A resposta é: não.
Historicamente, é possível verificar uma adaptação dos meios às novas tecnologias. O teatro não viu seu fim frente à chegada do cinema, nem o rádio com o advento da TV. E isso também não vai acontecer com os impressos em relação à Internet.
O que é estritamente necessário é a adaptação, daí forçada ou não, desses meios. Jornais impressos devem repensar seus projetos editoriais e gráficos para sobreviver. O sonho dos 500 mil exemplares diários pode ter desaparecido, mas é importante notar que os jornais já assimilaram essa necessidade e estão sim passando por uma fase de transformação.
Um exemplo próximo e muito recente é o Estadão. Na última semana, todo o projeto gráfico do jornal mudou drasticamente. Inclusive o site.
A questão é a seguinte: faz sentido uma transformação gráfica tão drástica quanto essa se o projeto editorial do jornal não mudar um centímetro? Penso que não. A necessidade de transformação dos jornais é completa: mudar um dos lados me parece uma adaptação um tanto quanto manca.
Visite o site do Estadão e confira o novo layout.
Leia mais sobre o assunto:
Estadão confronta o apocalipse - Alberto Dines
A resposta é: não.
Historicamente, é possível verificar uma adaptação dos meios às novas tecnologias. O teatro não viu seu fim frente à chegada do cinema, nem o rádio com o advento da TV. E isso também não vai acontecer com os impressos em relação à Internet.
O que é estritamente necessário é a adaptação, daí forçada ou não, desses meios. Jornais impressos devem repensar seus projetos editoriais e gráficos para sobreviver. O sonho dos 500 mil exemplares diários pode ter desaparecido, mas é importante notar que os jornais já assimilaram essa necessidade e estão sim passando por uma fase de transformação.
Um exemplo próximo e muito recente é o Estadão. Na última semana, todo o projeto gráfico do jornal mudou drasticamente. Inclusive o site.
A questão é a seguinte: faz sentido uma transformação gráfica tão drástica quanto essa se o projeto editorial do jornal não mudar um centímetro? Penso que não. A necessidade de transformação dos jornais é completa: mudar um dos lados me parece uma adaptação um tanto quanto manca.
Visite o site do Estadão e confira o novo layout.
Leia mais sobre o assunto:
Estadão confronta o apocalipse - Alberto Dines
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Charge do Tiago Recchia, para a Gazeta do Povo, sobre os atos secretos da câmara do Paraná. Assunto para muitos outros posts. (Clique para ampliar. Créditos)
quarta-feira, 10 de março de 2010
Universidade - O Jornal Comunicação
Pois bem, depois de um tempo de afastamento involuntário do blog, voltei. Desta vez para falar do Jornal Comunicação.
O Jornal Comunicação faz parte do projeto pedagógico do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Paraná - um jornal laboratório é exigência do MEC para cursos desta natureza. No Comunicação, a estrutura é formada basicamente pelos alunos - os professores, ao menos a partir deste ano, são figuras de supervisão no organograma do jornal, ministrando as disciplinas de jornal laboratório. Hierarquicamente, os alunos dos períodos mais antigos compõe cargos de chefia e edição, e estudantes do 2º ano estruturam a equipe de reportagem.
O Comunicação possui quatro veículos: impresso, online, tv e rádio. O jornal é dividido em oito editorias: Sociedade, Política, Esportes, Cultura, Comportamento, Ciência e Tecnologia, UFPR e Opinião. Ele ainda conta com a seção Tubo de Ensaio, que propõe a produção do jornalismo literário aos alunos (à la piauí).
Pois bem. Esse ano, ou melhor, esta semana, eu me tornei parte do projeto. Por opção própria, sou repórter da editoria de Política (pretendo rodar por várias, mas inicialmente optei pela que mais me atrai). Consequentemente, isso vai diminuir a produção própria do blog - inclusive, já pensei mais de uma vez em mudá-lo para o host do wordpress e dar uma repaginada. De qualquer forma, toda produção destinada ao Comunicação estará aqui também.
Ano passado, quando do julgamento fatídico do STF acerca da exigência do diploma de jornalismo, escrevi uma crônica que foi publicada no jornal. Clique aqui para lê-la.
Visite o Jornal Comunicação:
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Política - No Paraná
Ontem, o diretório estadual do PSDB declarou Beto Richa, prefeito de Curitiba, pré-candidato ao Governo do Estado do Paraná nas eleições de 2010. E aí foi onde o PSDB se matou, tanto em nível local, quanto nacional.
Em nível local: Beto Richa tem um eleitorado forte na capital, mas não acredito muito nessa sua força no interior do estado. Herdeiro direto da carga política do seu pai, ex-governador José Richa, Beto parece que leva essa carga como uma garantia - o que eu duvido aqui, é que essa garantia atinja os eleitores do interior, decisivos na eleição. Ainda, tudo leva a crer uma polarização nessa eleição entre o próprio Beto e o senador Osmar Dias (PDT). Osmar, membro da bancada ruralista, leva com ele muitos votos no produtivo interior paranaense, na ala de centro-direita da capital, e, por conta da muito provável aliança com o PT, consequentemente com Dilma e Lula, também leva votos do setor de centro-esquerda da capital e também do interior.
Vários setores são atingidos pela aliança entre Osmar e o PT - e justamente por isso o seu palanque no estado se torna fortíssimo. A visão geral, nesse momento, aponta para uma vitória do senador, e com isso, boa parte dos votos para Dilma no estado.
Em nível local: Beto Richa tem um eleitorado forte na capital, mas não acredito muito nessa sua força no interior do estado. Herdeiro direto da carga política do seu pai, ex-governador José Richa, Beto parece que leva essa carga como uma garantia - o que eu duvido aqui, é que essa garantia atinja os eleitores do interior, decisivos na eleição. Ainda, tudo leva a crer uma polarização nessa eleição entre o próprio Beto e o senador Osmar Dias (PDT). Osmar, membro da bancada ruralista, leva com ele muitos votos no produtivo interior paranaense, na ala de centro-direita da capital, e, por conta da muito provável aliança com o PT, consequentemente com Dilma e Lula, também leva votos do setor de centro-esquerda da capital e também do interior.
Vários setores são atingidos pela aliança entre Osmar e o PT - e justamente por isso o seu palanque no estado se torna fortíssimo. A visão geral, nesse momento, aponta para uma vitória do senador, e com isso, boa parte dos votos para Dilma no estado.
Beto Richa e Osmar Dias, um dia aliados, hoje adversários. (Créditos)
Em nível nacional, a partir do Paraná: o senador Álvaro Dias, embora pareça estar "choramingando" ao atacar Beto e o partido por todos os cantos, mantém uma argumentação clara. O senador afirma que uma candidatura sua visaria o fortalecimento do PSDB dentro do Estado, alavancando a candidatura de José Serra à Presidência - e também realça que a indicação de Beto foi egoísta. Até porque o prefeito, na campanha de 2008, afirmava que cumpriria seu mandato até o final. Em outra instância, a prefeitura cai nas mãos do PSB de Ciro Gomes, possível candidato à Presidência - menos um palanque para Serra.
Álvaro Dias, embora politicamente esteja certo, dá um golpe no partido, estadualmente.
O padrão "reacionário" do estado parece, aos poucos, sofrer golpes profundos - a briga interna no PSDB é o mais claro deles.
Leia mais sobre o assunto:
PSDB confirma pré-candidatura de Richa e descarta Alvaro Dias - Gazeta do Povo
A cristianização de Serra no Paraná - Luis Nassif
Derrotado, Alvaro Dias abre fogo contra Richa - Fabio Campana
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Esporte - Super Bowl XLIV a magnífica história do Saints
07 de fevereiro de 2010 será lembrado para sempre na história do esporte americano como o dia em que o New Orleans Saints consagrou sua reestruturação. O time de Nova Orleans foi campeão do Super Bowl XLIV em cima do favorito Indianapolis Colts, vencendo por um placar de 31 a 17.
A história do time da Louisiana é sensacional. Vou resumi-la: no dia 25 de agosto de 2005, a cidade de Nova Orleans começava a ser evacuada devido a chegada do furacão Katrina na região. Nos dias seguintes, mais de 80% da cidade ficou em baixo d'água, e 1 milhão de pessoas foram atingidas, de alguma forma, pelo furacão na região. O Super Dome, o magnífico estádio do Saints, além de sofrer as consequências do furacão, transformou-se numa casa para milhares de desabrigados. Impedido de poder jogar e treinar no seu estádio, naquele ano, o time do Saints foi obrigado a mandar seus jogos em San Antonio, Texas, Nova York, e outras cidades. Saldo da temporada: 3 vitórias e 13 derrotas, um time fraco, uma cidade devastada. Os presidentes do Saints, à época, negociavam uma mudança do time, cogitavam sair de New Orleans. Mas então, por uma sucessão de acontecimentos, eles decidiram ficar. E entrar para a história.
A história do time da Louisiana é sensacional. Vou resumi-la: no dia 25 de agosto de 2005, a cidade de Nova Orleans começava a ser evacuada devido a chegada do furacão Katrina na região. Nos dias seguintes, mais de 80% da cidade ficou em baixo d'água, e 1 milhão de pessoas foram atingidas, de alguma forma, pelo furacão na região. O Super Dome, o magnífico estádio do Saints, além de sofrer as consequências do furacão, transformou-se numa casa para milhares de desabrigados. Impedido de poder jogar e treinar no seu estádio, naquele ano, o time do Saints foi obrigado a mandar seus jogos em San Antonio, Texas, Nova York, e outras cidades. Saldo da temporada: 3 vitórias e 13 derrotas, um time fraco, uma cidade devastada. Os presidentes do Saints, à época, negociavam uma mudança do time, cogitavam sair de New Orleans. Mas então, por uma sucessão de acontecimentos, eles decidiram ficar. E entrar para a história.
Imagens da cidade de New Orleans e do Louisiana Superdome, em setembro de 2005. O estádio virou abrigo para pelo menos 18mil pessoas que perderam tudo com o Katrina. (Créditos: Google Images).
No ano seguinte, o time contratou o Quarterback Drew Brees (dispensado e desacreditado do San Diego Chargers) e o Head Coach Sean Payton, além de draftar os importantes Roman Harper, Reggie Bush e Marques Colston, todos fundamentais nas temporadas do Saints desde então. O Superdome foi reconstruído, e o time voltou a sua casa em 25 de setembro de 2006. Nesse ano, o time obteve uma temporada de 10 vitórias e se classificou para os playoffs, pela segunda vez na sua história de mais de 40 anos. Com o poderoso ataque aéreo de Brees e cia, o Saints chegou à decisão da NFC (Conferência Nacional do Football, um jogo antes do Superbowl). Veio a derrota para o Chicago Bears, mas a reação do time de Nova Orleans era realmente incrível.
Performance das bandas Green Day e U2 no Superdome, no pré-jogo entre New Orleans Saints e Atlanta Falcons (o primeiro depois da tragédia).
Três anos depois, o Saints volta aos playoffs da NFL, e escreve a história do esporte sensacional que é o futebol americano. Ganhando de três quarterbacks que estão entre os melhores da história da liga (Kurt Warner, Brett Favre e Peyton Manning), o Saints venceu e levou o Superbowl XLIV para New Orleans - a cidade ainda precisa de ajuda, é verdade - mas é evidente que o New Orleans Saints é a pedra fundamental da recuperação daquela cidade.
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